domingo, 2 de maio de 2010
As chuvas rareiam! As plantas raleiam!
As chuvas de abril arrefeceram. Para aqueles que, como nós, vivem na orla da mata, num sistema de semi-auto-sustentação (trabalhando tanto na propriedade rural quanto na cidade), já se trata de aguar a horta e certas flores sensíveis à seca. Já sinto que a roçada perdura por mais tempo do que foi até fim de março. A grama à volta da morada foi cortada há três semanas e continua baixa e aconchegante, porém sem aquele verdor que mostrava até bem poucos dias. Gosto deste choque de inverno nas plantas e em nós! Elas ficam rijas e resistentes, particularmente os kiwizeiros, videiras, caquizeiros, macieiras e pereiras. Com esse torpor de que são tomadas, adormecem a quase morrer até a primavera e depois ressurgem qual fênix com seus pomos multicores e folhagens verdejantes. Nós, por outro lado, resfriamos, gripamos, ficamos a mercê de mucos inusitados e depois nos curamos, ganhando resistência às intempéries. Eu mesmo prefiro "pegar" meus resfriados e gripes logo no começo do outono para depois passar por um inverno fortalecido e sem problemas respiratórios. Bem, pelo menos é o que sempre aconteceu desde que me chamo por "eu".
É claro que há limites para essa "relação" com os resfriados e principalmente com as gripes (particularmente estas novas formas). Se necessário for não me farei de rogado e tomarei as vacinas. Não se trata, pois, de recomendar essa minha "terapia" indiscriminadamente. Mas também é fato que se não entramos em contato com as "sujeiras" cotidianas nem sequer criamos um sistema de imunização ao meio. De novo, repito, não se trata de recomendar a sujeira, mas de permitir que a vida se dê na sua relação obrigatória de defesa e ataque, e nesse vai e vem, criar um organismo minimamente fortalecido, capaz tanto de maneabilidade quanto de resiliência... o resto é acidente; e com os acidentes ninguém pode muito, a não ser uma ou outra ação! É nesta mínima possibilidade de previsão que devemos apostar, além da aposta no fortalecimento corporal.
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