Há pouco mais de um ano inaugurei os dois blogs que venho mantendo até agora. Me lembro que em junho passado, dia 2, durante a madrugada, fizera o frio mais intenso de todo o outono - 3 graus. E tudo indica que entre hoje e amanhã, ou depois de amanhã, repetir-se-á uma daquelas madrugadas geladas; hoje, quando saí de lá para vir para São Paulo, o frio era de 6/7 graus. Depois da manhã, feriado; e aí estarei usufruindo do frio da serra, como todos os seres vivos daquelas paragens. São Paulo também está fria - todo mundo agarrado a seus cachecóis, blusas e sobretudos, como se se agarrassem a algo vivo. Esquentando-se consigo próprio, fazendo calor com os próprios corpos. Se por um lado as pessoas colorem a cabeça e os pescoços, por outro, os casacos definitivamente escurecem. Trata-se de manter quente a própria carne a toda custa. Por enquanto, ninguém me fala das saudades do sol ardente e dos dias abafados de verão. Talvez estivéssemos todos precisando de novos climas, nem que seja por alguns dias. Se fôssemos como uvas, ipês, kiwis e árvores caducas, sazonais, gostaríamos da sensação de renovação que a primavera nos daria depois dessa "queimada" de inverno, com folhas caindo e galhos secos apontados para o firmamento.
Bem, não somos árvores caducas... ficamos com a pele caquilhada, cai-se-nos alguns cabelos, ficamos tiritando, mas no geral, nada muda! O frio vem e vai. E nós continuamos nossa faina sem grandes atropelos, a não ser por um certo peso a mais, vindo das grossas fazendas que nos cobrem, impedindo-nos de medir o peso na farmácia para saber se o regime de verão já foi para o brejo com os chocolates, capuccinos e outros mimos que nos damos no inverno.
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