Sábado, comecei o dia mais tarde, aqueci o corpo, me alonguei e ergui pesos para começar a correr... Para ir até a estrada lá embaixo, prefiro tomar uma atalho por dentro da propriedade, rente a cerca que faz divisa com “Seu” Antônio, nosso vizinho ao sul, cuja casa se pode ver lá de cima, por entre a cerca viva de Sansão-do-Campo que nos separa e que plantamos para evitar o uso de mourões e cercas – no projeto de simplicidade, sustentabilidade e ecologia. Isso evitará por três décadas, ou mais, o uso de arames, madeira e mão de obra. É uma cerca eficientíssima contra a força do gado. Enquanto vou descendo presto bastante atenção no meu pequeno talhão de café plantado na encosta da serra, ao lado de outro talhão de banana prata. O café vai bem, mas poderia ir melhor não fosse o péssimo clima para colheita e secagem; como dizem os vizinhos, o clima ficou louco; estamos no primeiro terço de julho e a seca não aconteceu. Assim, também, o feijão plantado no meio do cafezal que não pode ser colhido e secado. São aquelas ironias da vida campesina. As chuvas não deixam vir a seca e isso é muito bom para uma série gigantesca de plantas e para o gado que fica no pasto com capim verde por mais tempo, gerando peso e o peso dando lucro ao criador. Enquanto isso as maritacas, os jacus e outros animais que apreciam o café maduro, quando está no ponto de rubi, ou como é mais comum dizer, café em ponto de cereja, têm mais tempo para mastigar seus grãos. Os prejuízos são incalculáveis! Com estes pensamentos corri o percurso costumeiro, com Kely Lulu Star, e voltamos pelo meio da cafezal para inspecionar as palmeiras reais que plantei para proteger o café do vento forte e, de sobra, produzir nosso próprio palmito. O sucesso, pelo menos quanto ao vento foi total! Hoje já estão com três a cinco metros de altura! Quanto a colher o palmito foi um fracasso; ficamos com dó de cortar as palmeiras e lá ficarão. Prometemos para nós mesmos que elas servirão de mães para dar sementes que serão plantadas em local apropriado e aí, então, colheremos seu palmito. Aproveitei o resto da manhã para aparar grama e capim à volta da casa, entre trinta e quarenta metros de raio. Almoçamos o melhor macarrão estilo Vania e depois leitura e escrita até acharmos a hora certa para sonhar.
Domingo, depois da corrida, plantamos dois pés de jabuticabas, colhi uma jaca (nas fotos), um cacho de banana ouro, terminei a arrumação hidráulica da horta, transpus cavalinhas de um lugar inóspito para a horta; Vania podou uma buganvile que nos impedia de passar em direção ao pomar, carpiu o entorno das roseiras, cuidou de dar formato aos canteiros. Depois afiei as foices, enxadas e facões que serão usados na roçada da semana. Pus a arder a lenha do fogão e com a trempe quente coloquei a assar cinco jogos de coxa e sobrecoxa de frango. Trata-se de colocar algumas peças de tijolo que criam um vão de um palmo acima da trempe aquecida pelas achas. É uma maneira improvisada de assar sem ser direto no calor da brasa; o calor, deste modo, se distribui uniformemente e a carne termina de assar simultaneamente. Fazemos isso um ou dois finais de semana por mês, comendo um jogo cada um no almoço de sábado ou domingo e depois guardamos na geladeira os outros. Nos dois ou três dias seguintes aquecemos um jogo cada e só cuidamos do acompanhamento a base de caldos de legumes, saladas com itens diversos – todos da horta - e arroz integral, sementes de linhaça, especiarias etc. Não devo esquecer os dois coffee-breaks que se tornaram a especialidade da casa, ou de Vania, o que dá na mesmo: no meio da manhã ela prepara um creme a base de suco de laranja pera, bahia, nativa ou tipo pingo de mel, com duas ameixas, linhaça; o segundo, no meio da tarde, com suco de laranjas de vários sabores com mexericas variadas e algo para comer. Ao anoitecer, quase sempre, faço um café com queijos, goiabada cascão e biscoitos. Mais tarde comemos um mini-lanche com chás aromáticos. De fato só fazemos uma refeição, o almoço, ao estilo mediterrâneo, quase sempre acompanhado de uma pequenina dose de bebida alcoólica de boa procedência, vinho preferencialmente. Mas pode ser cachaça, conhaque etc.Bem, terminamos o dia lendo e escrevendo...
Domingo, depois da corrida, plantamos dois pés de jabuticabas, colhi uma jaca (nas fotos), um cacho de banana ouro, terminei a arrumação hidráulica da horta, transpus cavalinhas de um lugar inóspito para a horta; Vania podou uma buganvile que nos impedia de passar em direção ao pomar, carpiu o entorno das roseiras, cuidou de dar formato aos canteiros. Depois afiei as foices, enxadas e facões que serão usados na roçada da semana. Pus a arder a lenha do fogão e com a trempe quente coloquei a assar cinco jogos de coxa e sobrecoxa de frango. Trata-se de colocar algumas peças de tijolo que criam um vão de um palmo acima da trempe aquecida pelas achas. É uma maneira improvisada de assar sem ser direto no calor da brasa; o calor, deste modo, se distribui uniformemente e a carne termina de assar simultaneamente. Fazemos isso um ou dois finais de semana por mês, comendo um jogo cada um no almoço de sábado ou domingo e depois guardamos na geladeira os outros. Nos dois ou três dias seguintes aquecemos um jogo cada e só cuidamos do acompanhamento a base de caldos de legumes, saladas com itens diversos – todos da horta - e arroz integral, sementes de linhaça, especiarias etc. Não devo esquecer os dois coffee-breaks que se tornaram a especialidade da casa, ou de Vania, o que dá na mesmo: no meio da manhã ela prepara um creme a base de suco de laranja pera, bahia, nativa ou tipo pingo de mel, com duas ameixas, linhaça; o segundo, no meio da tarde, com suco de laranjas de vários sabores com mexericas variadas e algo para comer. Ao anoitecer, quase sempre, faço um café com queijos, goiabada cascão e biscoitos. Mais tarde comemos um mini-lanche com chás aromáticos. De fato só fazemos uma refeição, o almoço, ao estilo mediterrâneo, quase sempre acompanhado de uma pequenina dose de bebida alcoólica de boa procedência, vinho preferencialmente. Mas pode ser cachaça, conhaque etc.Bem, terminamos o dia lendo e escrevendo...
Hoje de manhã, sob sol frio e céu de azul claro (azul-bebê?), temperatura ainda aos cinco graus (depois de geada forte em certas partes da serra), fui correr com Kelly Lulu. Nariz ardendo, mãos e pés duros de frio, subi e desci a serra lentamente, para não forçar os pulmões. Depois me adapatei à temperatura - o corpo aqueceu, as luvas foram dispensadas e os pés relaxaram. Ao voltar, mais trabalho braçal; com a roçadeira aparei toda agrama da entrada da propriedade junto a estrada que dá para o Catiguá enquanto Vania rastelava e juntava tudo na beira da estrada. Almocei e aqui estou eu na lan, depois de ir ao museu. V. não pode vir comigo... Daqui vou à companhia de ballet do Luiz Henrique (veja postagem sobre o Teatro). Também farei as compras semanais... Antes de ir para casa passarei na Universidade para assuntos da pesquisa. É isso!
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