segunda-feira, 3 de agosto de 2009
O Taj Mahal e os mourões do Cervo!
Sem nível ou prumo consegui “plantar” nove mourões de cimento para apoiar nossa pequena produção de framboesas! Me senti um cro-magnon olhando de longe os mourões tentando ver sua retidão em direção aos céus, lembrando que a terra por aqui é inclinada, irregular e muito ingrata quando se trata de fazer engenharia sem instrumentos. Fiquei pensando em como sou analfabeto em arquitetura, se levarmos em conta quando foi erigido o Parthenon, as pirâmides egípcias, o Taj Mahal... Me acalmei pensando que não tinha pela frente mais que umas pequenas estruturas para fincar no solo, e esticar uns fios de arame para que a framboesa brinque de escala-los e, equilibrada, verta umas flores brancas e brilhantes, com pontos rosas no centro, que depois chamam uns pequenos pomos rubros que disputaremos a tapas com uns pássaros minúsculos, amarelos, que não sabem até hoje quem manda naquelas paragens. Na maior parte dos combates acabamos por ser derrotados. Ao acordarmos vamos correndo para lá só para constatar que já furaram nossas frutinhas com seus pequenos bicos vorazes... Daí que resolvi me render aos fatos. Vamos triplicar o número de framboesas! Assim enchemos o bucho de cada um daqueles monstrinhos com doce polpa vermelha e fazemos com que eles, empanturrados, vão dormir num galhinho de árvore qualquer e nos dêem a vez. Bem, foi assim que pensei, enquanto olhava aqueles nove obeliscos, nem tão retos assim, mas dignos de soerguerem os doces frutos da framboesa, como pedras preciosas incrustadas em um berço espinhento (pensam que é fácil se alimentar delas?!). Elas só se entregam com muita luta; tal como as rosas, podem ser apreciadas depois de algumas espetadas. Com certeza é muito mais fácil para o passarinho!
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