Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

sábado, 1 de agosto de 2009

O pomar e as chuvas de inverno!

Esses dias tenho feito menos trabalhos rurais que intelectuais. Isso se explica pelo excesso de textos e a aproximação do momento em que tenho que entregar minha pesquisa e fazer meus cursos, mas, sobretudo, pelo fato de que os afazeres no pomar, horta e arredores já tomaram um rumo suficientemente auto-alimentador que já podemos, Vania e eu, nos darmos ao luxo de dirigir horas para outros afazeres. Assim, tenho me dedicado a um projeto de videoclube para o Conselho de Psicologia, a reativar a Associação de Psicólogos de Pouso Alegre, a articular os colegas para atos políticos junto aos órgãos competentes e a melhorar minha visibilidade profissional na cidade. Vania estreita laços com a AAEcominas e advocacia.
Não significa que não tenhamos que usar nosso tempo, com administração e comedimento para nossa vida de moradores nos bosques. Além disso, surgem certas acontescências muito próprias da vida no campo. Como exemplo, as chuvas que não eram previstas para a época, nos farão ter que repassar a roçadeira bem antes do previsto, por volta de fim de setembro. A previsão era para novembro, com as primeiras chuvas fortes. Enfim, ficamos com o dobro do trabalho para o período. Também teremos que fazer certos concertos de telhado só depois de uma estiagem de duas semanas (se ela vier); e fazer em agosto, quando faríamos em setembro.

Ps.: Relendo "A Náusea" no http://www.levileonel.blogspot.com

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Inverno chuvoso em São Paulo!

Chega a ser poético! O frio combinado com chuva dá um ar londrino a São Paulo. Bem, isso tudo olhando pela janela de meu consultório, esperando pelo início do dia de trabalho! Esperem prá ver, quando tiver que entrar e sair em metrô, ir almoçar, ou cumprir uma saga em bancos, pagando contas que brotam feito gotas de vapor nos vidros dos ônibus cheios. Mas, enquanto o encanto não se desfaz, deixe-me curtir o dedilhar dos grossos pingos d'água na janela, o sussurro molhado dos pneus de carros na rua em frente e o trotar de sapatos na calçada. A chuva, aqui em São Paulo, lá em Apucarana - a quarenta anos e tralalá, ou na Serra do Cervo, sempre me pôs lírico e, claro, no mais das vezes, encharcado. Enquanto ela não tem o poder de me irritar, fico aqui grudado na janela, as gotas do outro lado me olhando indiferentes, por mais alguns minutos...