Chove! Como sempre choveu por aqui nos dias próximos do Natal! Época boa para descanso, terapia do sono e retiro do azáfama das cidades, seja São Paulo ou Pouso Alegre. E para ouvir o som do vento! Pois é! Dias atrás me dei conta de que estava ouvindo um susurro diferente vindo do cimo da serra. Era coisa nova! Nada de abelhas fazendo enxameação ou algum avião distante com seu ronco surdo. Tratava-se do som das árvores da serra! Foi emocionante, tocante mesmo. Para um desavisado isso parece meio sem cabimento, mas deixe-me explicar.
Há anos espero por esse acontecimento, coisa que ocorre apenas e tão somente se as árvores tem um tamanho adequado - grande o suficiente para ter copas folhosas e de bom diâmetro, além de canelas compridas sustentando suas saias verdes. Quando aqui desembarcamos, em 1993, podia se ver, de longe o tapete aveludado das pastagens; bonito, mas desértico. Apenas alqueires de capim para o gado pastando silentes e calmos. Nestes anos a vida floresceu por aqui. Plantamos milhares de árvores e deixamos alqueires de mata nativa e ciliar, bem como plantamos fruteiras por todo o terreno - para nós e os bichos que a cada dia migram para cá.
Agora, depois de uma espera longa e ansiosa, já podemos ouvir o roçar poderoso do vento nas longas pernas das árvores! Só os deuses podem saber com que intenções! Suponho que boas, mas posso mesmo garantir que de minha parte a coisa vai bem.
O Natal se foi, a chuva deu uma pausa e agora é continuar a obra da natureza, melhor dito, deixarmos que ela erga mais e mais suas grandes guardiãs verdes ao sopro do vento.
Aos amigos daqui e de lá, muitas paisagens bonitas! Encher os olhos do belo é o que desejo a todos!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)