Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

domingo, 2 de maio de 2010

As chuvas rareiam! As plantas raleiam!


As chuvas de abril arrefeceram. Para aqueles que, como nós, vivem na orla da mata, num sistema de semi-auto-sustentação (trabalhando tanto na propriedade rural quanto na cidade), já se trata de aguar a horta e certas flores sensíveis à seca. Já sinto que a roçada perdura por mais tempo do que foi até fim de março. A grama à volta da morada foi cortada há três semanas e continua baixa e aconchegante, porém sem aquele verdor que mostrava até bem poucos dias. Gosto deste choque de inverno nas plantas e em nós! Elas ficam rijas e resistentes, particularmente os kiwizeiros, videiras, caquizeiros, macieiras e pereiras. Com esse torpor de que são tomadas, adormecem a quase morrer até a primavera e depois ressurgem qual fênix com seus pomos multicores e folhagens verdejantes. Nós, por outro lado, resfriamos, gripamos, ficamos a mercê de mucos inusitados e depois nos curamos, ganhando resistência às intempéries. Eu mesmo prefiro "pegar" meus resfriados e gripes logo no começo do outono para depois passar por um inverno fortalecido e sem problemas respiratórios. Bem, pelo menos é o que sempre aconteceu desde que me chamo por "eu".
É claro que há limites para essa "relação" com os resfriados e principalmente com as gripes (particularmente estas novas formas). Se necessário for não me farei de rogado e tomarei as vacinas. Não se trata, pois, de recomendar essa minha "terapia" indiscriminadamente. Mas também é fato que se não entramos em contato com as "sujeiras" cotidianas nem sequer criamos um sistema de imunização ao meio. De novo, repito, não se trata de recomendar a sujeira, mas de permitir que a vida se dê na sua relação obrigatória de defesa e ataque, e nesse vai e vem, criar um organismo minimamente fortalecido, capaz tanto de maneabilidade quanto de resiliência... o resto é acidente; e com os acidentes ninguém pode muito, a não ser uma ou outra ação! É nesta mínima possibilidade de previsão que devemos apostar, além da aposta no fortalecimento corporal.