Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

segunda-feira, 6 de julho de 2009

AAEcoMinas e o Recanto das Orquídeas!

Ontem, domingo, pela manhã lemos – V. continuou o Tratado de ateologia e eu dividi entre textos para minha pesquisa sobre o teatro de PA, um resumo da dissertação para o III Encontro de Estudos da Linguagem, algo de Winnicott, sobre a tendência anti-social; para me distrair li alguns capítulos do livro Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão (Paulo Nogueira-Neto), pois tenho uma criação de jataís e gostaria de reproduzi-las sem as agredir. A tarde fomos ao restaurante Recanto das Orquídeas, nas cercanias de Pouso Alegre, cujos donos, Dito e Lia, foram apresentados a Vania em uma reunião da AAEcoMinas, associação que visa criar condições para que algumas propriedades rurais familiares se certifiquem como produtores de alimentos ecologicamente corretos. O restaurante se localiza ao lado de sua horta orgânica, espalhado pelo quintal de sua ecológica propriedade. Foi, como se diz, uma viagem! O Dito, presidente da associação, homem daqueles localizados no chão do mundo, vive da terra e tem aquela simplicidade que conheci na meninice, olhando para os pais e tios, roceiros e trabalhadores no café do norte do Paraná. Enquanto almoçava conheci seus filhos e ouvi um tanto de seus sonhos de anos, tentando criar uma associação que agora está no rumo final para a certificação. Senti seu orgulho de fazer parte de algo tão dignificante. Como não conhecia Lia fui até a cozinha para ser apresentado a ela, a cozinheira – cálida e aconchegante, sorriso pleno.
Para finalizar o domingo, li um pouco mais de “Vida e Criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão” e V. foi controlar formigas saúva e quenquen, um combate diário e paciencioso, pois vencê-las jamais. Estamos providenciando gergelim para espantá-las; segundo algumas pesquisas elas odeiam o fungo que produzem. Estamos pagando para ver...

Hoje podei as videiras de mesa, Itália rosa e branca, Moscatel e outras, Retirei do chão mourões já apodrecidos, aplanei o chão e retirei, a base de enxadão, tocos de assapeixes, que roçamos a foice no começo do ano, no final das águas. Exaustos, almoçamos e fomos a PA para uma reunião da AAEcoMinas, à biblioteca da UNIVÁS e ao supermercado para comprar as provisões da semana.

Um comentário:

Unknown disse...

Recanto das Orquídeas é ótimo msm,como todo mundo de lá... Todos nos deixam a vontade com a nossa presença como se fossemos de casa...(Agora posso me considerar da família de lá)