Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

As vielas de Pouso Alegre!

Pouso Alegre é daquelas cidades que já cresceram o suficiente para ter nostalgia de suas ruas estreitas. Algumas já viraram - como manda o figurino das cidades cujas populações inflacionaram - calçadões com certo lirismo descansado, um eterno bucolismo de sábado a tarde. Ela já lembra uma São Paulo em miniatura; com pouco esforço encontramos um correlato da Vinte e Cinco de Março, do Largo da Concórdia ou da Rua Santa Efigênia. Contudo, apesar de encontrar uma São Paulo minimalista em certos aspectos, Pouso Alegre se define pelas consideráveis diferenças e não pelas semelhanças com São Paulo. A primeira, fundamental, essencial, é que está em Minas, é constituída predominantemente de mineiros e está numa distância salutar de São Paulo, distância importante, pois aquela tem a capacidade de contagiar, como se fosse uma aura calórica, seu entorno por dezenas de quilômetros. Seus vapores, para o bem e para o mal, alcançam além de seu perímetro urbano, metropolitano e mesmo as cidades da Grande São Paulo, indo tocar, com sua membrana agitada, palpitante, apressada, até cidades vizinhas. Em nossa direção, contando apenas a Fernão Dias, chega a tatear Atibaia e Bragança! Hoje, ao acordar, lá na Serra do Cervo e vir para PA pude avaliar melhor, para meu proveito e responsabilidade, as venturas e desventuras de trabalhar em SP. O lado afortunado: desfruto de uma situação muito confortável de poder degustar várias artes, inclusive a de trabalhar. O lado desafortunado: parece óbvio, dispensando comentários...

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