Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Vagalumes!

Ontem choveu daquela maneira densa, calma e pesada, que as chuvas de primavera e verão às vezes podem chover. Ao passar pela entrada do sítio o cheiro de grama molhada me encheu os pulmões e fiquei ali, por alguns segundos, encharcado, pensando nas milhares de pequenas tocas de bichinhos, insetos e outros maiores, tenteando a chuva e esperando a estiagem para fazer suas refeições. Pensei que aquela noite, a tomar pelas noites de sábado e domingo, com os primeiros pirilampos a foguetearem pela serra, que seria a festa que já presenciara em outras primaveras. Mas, com a chuva, acho que adiaram o espetáculo para outro dia mais propício. Aguardarei ansioso... Espero que coincida com minha volta de São Paulo! (escrito em 28/09).

Um comentário:

Prof. Lígia disse...

Querido Levi , não posso furtar-me de contar a você o que pode ter acontecido...talvez seja isso. Lá vai. Contando histórias.
QUINTA-FEIRA , 26 DE DEZEMBRO DE 2013
Ah! Acho que os pirilampos enfastiados da lua resolveram dançar sob o convite da chuva, e tamanha era a sede disso que a fome de um luar denso e penetrante eram-lhes menos aguçada porque já enfastiados de tanta luz a compor-lhes o lume preferiram roçarem-se no frio aconchegante das gotículas que pareciam gotas de diamante, de certa forma, um feixe de luz, mas de outro matiz. Acho que nesse dia, os pirilampos se rebelaram e depois de lavarem as asas e o bumbum brilhante precisaram descansar escondidinhos sob um manto verde quase escuro da noite para voltarem outro dia trazendo a ti uma espetaculosa festa de cores. Afinal...quando os pirilampos voam todo o espaço enche-se de arco-irís desses que teus olhos alcançam enquanto brincam de bailar na noite essas doces criaturinhas.