Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Errata, Ovídio e o Sauá!

Outro dia (10/01/10), falei apaixonadamente do guaxinim atropelado na estrada em que faço minha corrida a pé, acompanhado da fiel escudeira Kelly. De uma hora para outra, após a visita do Ovídio José, há dois dias, me vi sem o objeto da paixão! Nem acreditei quando ele, do alto de sua sabedoria escupida a ferro e fogo - ferro dos instrumentos de carpição, e fogo celeste aparado por um boné já esgarçado - me diz que o bicho morto era um Sauá! Um macaco, portanto! Fiquei ali abilolado, pensando (agora que ele dera o nome ao bicho) que só podia ser um... um... guaxinim, bolas! Puxei pela memória e vi sua cor avermelhada. Pensei: "Ah, é um filhote de guaxinim, só por isso!" Bicho sem manchas escuras aneladas no rabo e "óculos" nos olhos. Argumentei com meu umbigo: "Ah, mas a cabeça estava destruída pelas rodas de um carro e a cor não seria por que tratava-se, justamente, de um filhote?!" E o que dizer dele ser atropelado, andando na pista; macacos trafegam pelas árvores!!  Bem, neste caso ali não há árvores que cubram a pista. É verdade, capitulei, o guaxinim e o macaco  teriam, necessariamente, que usar o chão pra atravessar seus domínios! Aí me rendi, as evidências. O bicho era de fato um sauá, um macaco de pelo acobreado, que divide o lugar com os bugios e os macacos comuns, que o Ovídio chama por "macaco".
Mas, quanto ao resto não retiro uma vírgula! Até pelo contrário. Ao ouvir o Ovídio José, que tomou a decisão de removê-lo de lá, porque outros sauás estavam olhando-o, como se o velassem de cima das árvores, me voltou a indignação. Eu o deixara à vista para que os urubus pudessem se alimentar dele. O coração do Ovídio - não confundamos com o poeta que fez "A Arte de Amar" as mulheres - não suportou a cena - pois além de amar as mulheres, este Ovídio que vos apresento, ama a natureza..
Como já adiantava, o resto do texto não desdigo...  

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