Adeus Serra do Cervo!

Você que lê este blog já me viu desistir de escrever nele uma outra vez, mas pelo motivo de não encontrar uma história que valesse a pena. Depois voltei atrás por saudades de falar de terra, de bichos e de meu estado de espírito nas serras. Bem, agora é definitivo! Não voltarei mais a este espaço para descrever minha lida pelas serras do Cervo, simplesmente porque não mais estarei por lá. Se vier a escrever sobre minha longa jornada por cada recanto daquele refúgio o será em outro blog, mas para dizer das saudades, reminiscências e imagens indeléveis desta vivência. Este blog será como uma árvore esquecida na retina do viajante em um trem que dispara pelo campo. Ou como mais uma lápide no grande cemitério da web. Grato àqueles que me brindaram com sua leitura. Antes de fechar de vez este espaço farei uma última blogagem, em respeito aos que me seguem. Manterei, limitadamente, o blog http://levileonel.blogspot.com

terça-feira, 1 de junho de 2010

Inverno em São Paulo e na Serra do Cervo!

Há pouco mais de um ano inaugurei os dois blogs que venho mantendo até agora. Me lembro que em junho passado, dia 2, durante a madrugada, fizera o frio mais intenso de todo o outono - 3 graus. E tudo indica que entre hoje e amanhã, ou depois de amanhã, repetir-se-á uma daquelas madrugadas geladas; hoje, quando saí de lá para vir para São Paulo, o frio era de 6/7 graus. Depois da manhã, feriado; e aí estarei usufruindo do frio da serra, como todos os seres vivos daquelas paragens. São Paulo também está fria - todo mundo agarrado a seus cachecóis, blusas e sobretudos, como se se agarrassem a algo vivo. Esquentando-se consigo próprio, fazendo calor com os próprios corpos. Se por um lado as pessoas colorem a cabeça e os pescoços, por outro, os casacos definitivamente escurecem. Trata-se de manter quente a própria carne a toda custa. Por enquanto, ninguém me fala das saudades do sol ardente e dos dias abafados de verão. Talvez estivéssemos todos precisando de novos climas, nem que seja por alguns dias. Se fôssemos como uvas, ipês, kiwis e árvores caducas, sazonais, gostaríamos da sensação de renovação que a primavera nos daria depois dessa "queimada" de inverno, com folhas caindo e galhos secos apontados para o firmamento.
Bem, não somos árvores caducas... ficamos com a pele caquilhada, cai-se-nos alguns cabelos, ficamos tiritando, mas no geral, nada muda! O frio vem e vai. E nós continuamos nossa faina sem grandes atropelos, a não ser por um certo peso a mais, vindo das grossas fazendas que nos cobrem, impedindo-nos de medir o peso na farmácia para saber se o regime de verão já foi para o brejo com os chocolates, capuccinos e outros mimos que nos damos no inverno.

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